J.D. Vance diz que Musk cometeu um ‘grande erro’ ao atacar Trump

OEA desaconselha países a replicar eleição do México que escolheu juízes por voto popular
Vice dos EUA também negou as acusações, feitas pelo dono da Tesla, de que o presidente teria envolvimento no esquema de abuso sexual de Jeffrey Epstein. J.D. Vance fala sobre briga entre Musk e Trump
AFP
O vice-presidente dos EUA J.D. Vance disse que Elon Musk cometeu um "grande erro" ao brigar com Donald Trump. Em entrevista divulgada na sexta (6) com o comediante Theo Von, Vance declarou que o empresário da Tesla é um "cara emotivo" que se frustrou.
Para ele, o país "fica melhor" quando liderado por Trump com a ajuda de Musk.
"Espero que, eventualmente, Elon volte ao grupo. Talvez isso não seja possível agora, porque ele está tão nuclear".
O vice dos EUA também negou as acusações (agora deletadas) feitas por Musk após a briga. O bilionário acusou o presidente de fazer parte do esquema de abuso sexual de jovens de Jeffrey Epstein.
"De jeito nenhum. Donald Trump não fez nada de errado com Jeffrey Epstein", disse Vance.
Até então fortes aliados, Trump e Musk travaram uma briga na quinta-feira (6) através de suas respectivas redes sociais com troca de ofensas e acusações. O embate teve início após o bilionário criticar um projeto de lei orçamentária que o presidente norte-americano tenta aprovar no Congresso dos EUA.
Após a briga, a postura assumida por Trump é de não querer conversar com Musk, apesar de esforços das equipes de ambos para que eles façam as pazes. Musk deixou o governo Trump na semana passada —ele comandou durante mais de quatro meses o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), focado em cortar gastos da máquina estatal dos EUA, e também acumulava função de conselheiro especial do presidente.
Elon Musk e Donald Trump na Casa Branca.
REUTERS/Nathan Howard
Subsídios do governo, o programa espacial dos EUA e até um escândalo sexual entraram na briga entre o presidente americano, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk, seu ex-aliado.
A desavença se tornou pública repentinamente na quinta-feira (5), após uma série de troca de insultos entre as duas partes pelas redes sociais. Embora abalada nos últimos meses, a relação de Trump e Musk permaneceu cordial até o fim de maio.
▶️ Entenda a sequência da briga a seguir:
Durante um encontro com o chanceler alemão Friedrich Merz, na Casa Branca, Trump afirmou estar decepcionado com Elon Musk por causa das críticas que o bilionário fez ao projeto de lei orçamentária que tramita no Congresso.
Trump disse que Musk já sabia que o projeto seria enviado ao Congresso e que não sabe se eles terão "uma ótima relação como antes".
Pouco depois, Musk respondeu pela rede social X. Ele negou ter sido informado sobre o projeto e afirmou que Trump estava sendo ingrato: “Sem mim, Trump teria perdido a eleição”.
Em seguida, Trump reagiu no Truth Social com uma ameaça: “A maneira mais fácil de economizar bilhões e bilhões de dólares em nosso Orçamento é encerrar os subsídios e contratos governamentais de Elon Musk”.
Trump também afirmou que “mandou Musk embora” do governo porque ele o estava “irritando”. Disse ainda que retirou o “Mandato dos Carros Elétricos” e que o bilionário “ficou louco”.
O “mandato” citado por Trump é uma referência às políticas de eletrificação do setor automotivo e descarbonização adotadas durante o governo Biden.
Musk voltou a responder no X, dessa vez acusando Trump de estar ligado ao escândalo sexual envolvendo Jeffrey Epstein: “Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos”. O post foi deletado neste sábado (7).
Depois, Trump disse não se importar com o fato de Musk "ter se virado" contra ele.
Já Musk afirmou que, diante da postura do presidente, a SpaceX deixará de comissionar a cápsula Dragon — usada pela Nasa para levar cargas ao espaço e transportar astronautas.
Musk também comentou "Sim" em um post que dizia que Trump deveria sofrer impeachment.
A briga entre Trump e Musk expõe interesses pessoais de cada lado

Hamas ameaça matar refém após tropas israelenses cercarem cativeiro em Gaza

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Matan Zangauker, de 24 anos, foi sequestrado durante o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023. Israel acredita que 55 reféns ainda estejam em cativeiro em Gaza, das quais acredita-se que pelo menos 32 estejam mortas. Refém israelense Matan Zangauker, de 24 anos.
Reprodução/Hamas/Handout via Reuters
O grupo terrorista Hamas ameaçou matar um refém israelense após tropas do Exército de Israel terem cercarem o cativeiro em que ele está sendo mantido, na Faixa de Gaza, afirmou um porta-voz do grupo.
Diante do cerco militar, o comunicado divulgado pelo Hamas alertou "de forma categórica" que Matan Zangauker, de 24 anos, "não será resgatado com vida" por Israel.
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O grupo terrorista palestino afirma que Zangauker, sequestrado durante o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, está vivo. "Caso esse prisioneiro seja morto durante uma tentativa de resgate, será o exército de ocupação o responsável por sua morte", afirmou em comunicado. A alegação, no entanto, é impossível de ser checada.
Hamas já havia ameaçado, em setembro de 2024, matar reféns que Israel tentasse resgatar. Segundo o grupo, a nova ordem aos guardas seria executar cativos em caso de operações desse tipo.
O governo israelense não se pronunciou oficialmente sobre o comunicado do Hamas até a última atualização desta reportagem.
Zangauker apareceu vivo em um vídeo divulgado pelo Hamas em dezembro. No vídeo, o refém aparece implorando ao governo israelense para fechar um acordo de cessar-fogo para o trazer de volta junto com outros reféns mantidos pelo grupo em Gaza.
Na época, um acordo era negociado entre as partes com a mediação de Catar, Estados Unidos e Egito. Uma trégua com libertação de reféns foi acordada em 15 de janeiro, mas Zangauker não esteve entre os israelenses liberados.
Israel recupera corpos de 2 reféns assassinados pelo Hamas
Corpos de reféns recuperados
Israel recuperou os corpos de dois reféns israelenses na quinta-feira (5), e o cadáver de um refém tailandês neste sábado.
Segundo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, Judy Weinstein-Haggai e Gad Haggai, ambos de nacionalidade israelense-americana, foram mortos pelo Hamas e tiveram seus corpos sequestrados durante o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, quando o grupo invadiu o território israelense e deixou mais de 1.200 mortos e levou cerca de 250 reféns para Gaza.
"Foram devolvidos a Israel os corpos de dois de nossos reféns que estavam nas mãos da organização terrorista assassina Hamas: Judy Weinstein-Haggai e Gad Haggai, do kibbutz Nir Oz. Que sua memória seja abençoada. (…) Judy e Gad foram assassinados em 7 de outubro e levados para a Faixa de Gaza", disse Netanyahu em comunicado.
Os corpos foram recuperados em uma operação especial coordenada pelo Exército e pela agência de segurança interna Shin Bet, segundo Netanyahu. O comunicado do premiê não especifica o dia em que as tropas israelenses recuperaram os cadáveres nem as circunstâncias.
Gad Haggai, que tinha 72 anos quando foi assassinado, era "um homem de espírito dinâmico, muito ligado à terra", e sua esposa Judy Weinstein-Haggai, 70 anos, era "professora de inglês especializada em crianças com necessidades especiais", segundo o kibbutz Nir Oz, comunidade agrícola no sudeste de Israel e próxima a Gaza, onde eles moravam.
O anúncio da recuperação dos corpos do casal Haggai ocorre em meio a uma nova ofensiva terrestre de Israel na Faixa de Gaza e crescentes críticas ao governo israelense à crise humanitária cada vez mais acentuada enfrentada pelos palestinos, com entregas caóticas de ajuda humanitária.
Israel e Hamas recusaram recentemente propostas de cessar-fogo com retorno de reféns feitas pelos Estados Unidos, por diferentes razões.
Das 251 pessoas sequestradas pelo Hamas, 55 continuam em cativeiro em Gaza, das quais as autoridades israelenses acreditam que pelo menos 32 estejam mortas. O premiê Netanyahu reiterou nesta quinta-feira seus votos de resgatar todos os reféns israelenses, vivos e mortos.
O ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023 desencadeou uma guerra entre Israel e o grupo na Faixa de Gaza. O governo israelense busca o retorno de todos os reféns e a eliminação do grupo terrorista. Desde então, mais de 54 mil palestinos morreram, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
Distribuição de comida é suspensa em Gaza

Papa Leão XIV recebe Milei no Vaticano e ressalta luta contra a pobreza

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Presidente argentino está na Europa desde sexta-feira, uma viagem com escalas na Itália, Vaticano, Espanha e França. Papa Leão XIV recebe presidente da Argentina, Javier Milei, em 7 de junho de 2025.
Mario Tomassetti/Vatican Media via Reuters
O papa Leão XIV recebeu neste sábado (7) o presidente argentino Javier Milei no Vaticano, um encontro em que destacou temas como "a luta contra a pobreza e o compromisso em favor da coesão social", segundo a Santa Sé.
Milei está na Europa desde sexta-feira, uma viagem com escalas na Itália, Vaticano, Espanha e França. Na segunda-feira, ele viajará a Israel, de onde retornará na quinta-feira para Madri.
Neste sábado, o argentino foi recebido em audiência pelo papa Leão XIV no Palácio Apostólico do Vaticano, e depois pelo secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, e o subsecretário para as Relações com os Estados, Miroslaw Wachowski, informou a Santa Sé.
"Durante as cordiais conversas mantidas na Secretaria de Estado, reiterou-se o apreço mútuo pelas sólidas relações bilaterais e a vontade de reforçá-las ainda mais", afirmou o Vaticano em um breve comunicado.
"Foram abordadas questões de interesse comum, entre elas a evolução socioeconômica, a luta contra a pobreza e o compromisso a favor da coesão social", acrescentou a Santa Sé, que também citou, sem dar mais detalhes, que também foram debatidos "os conflitos em curso" e "a importância de um compromisso urgente em favor da paz".
No vídeo disponibilizado pela Santa Sé, é possível ouvir o pontífice recebendo Milei com uma saudação em espanhol: "Muito bom dia, senhor presidente, bem-vindo".
Durante o encontro, o pontífice confirmou a Milei que visitará a Argentina, informou na rede social X o porta-voz da presidência argentina, Manuel Adorni.
Papa Leão XIV pede o fim das guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza
Durante a tradicional troca de presentes, o mandatário, um economista ultraliberal partidário de desregulamentar a economia ao máximo, demonstrou sua mensagem ideológica presenteando o agostiniano Leão XIV com um livro do economista austríaco Friedrich Hayek, "Arrogância Fatal – Os Erros do Socialismo".
Também ofereceu um poncho de vicunha produzido em Catamarca e alguns livros do economista espanhol Jesús Huerta de Soto, expoente da escola austríaca da Economia e uma referência para o presidente argentino.
Leão XIV, o primeiro papa nascido nos Estados Unidos da história, foi missionário e bispo no Peru, país do qual possui a nacionalidade, e tem um grande interesse pela América Latina.
Ele foi criado cardeal pelo papa argentino Francisco, com quem Milei teve divergências antes de encenar uma reconciliação durante uma visita ao Vaticano em fevereiro de 2024.
Milei não compareceu à missa de início do pontificado de Leão XIV em 18 de maio no Vaticano, porque coincidiu com as eleições legislativas locais em Buenos Aires. O encontro deste sábado foi o primeiro entre os dois.
Na sexta-feira, o presidente ultraliberal argentino se reuniu em Roma com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. A visita foi o cenário escolhido para a assinatura de um acordo da estatal argentina YPF com a empresa italiana ENI, com o objetivo de exportar gás natural liquefeito do país sul-americano.

Rússia acusa Ucrânia de adiar troca de prisioneiros de guerra e de 6 mil cadáveres de soldados; Ucrânia nega

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Acordo previa a liberação de todos os capturados com até 25 anos, gravemente feridos ou doentes, além da devolução de 6 mil corpos de soldados de cada lado. Putin e Zelensky
Sputnik/Mikhail Metzel/Pool via Reuters; Reuters/Alina Smutko
A Ucrânia teria surpreendido a Rússia ao adiar o acordo de troca de cadáveres de soldados e de prisioneiros de guerra. A informação foi divulgada pelo assessor do Kremlin, Vladimir Medinsky, neste sábado (7). A Ucrânia, no entanto, nega que o país esteja atrasando a troca.
O Ministério da Defesa Ucrânia emitiu um comunicado em que diz que a Rússia mente. A pasta também pediu que o país rival pare de "jogos sujos" e retome o trabalho construtivo.
"Durante a última semana, as equipes de ambos os lados trabalharam em duas frentes — a repatriação dos corpos de militares mortos e a troca de prisioneiros", diz o comunicado da Ucrânia.
Os dois países haviam concordado com uma nova troca de prisioneiros de guerra. A medida previa a liberação de todos os capturados com até 25 anos, gravemente feridos ou doentes, além da devolução de 6 mil corpos de soldados de cada lado.
O acordo fazia parte de uma proposta de cessar-fogo discutido na segunda-feira (2), um dia após um ataque a drones da Ucrânia em solo russo.
Representantes da Rússia e da Ucrânia fizeram 2ª negociação direta dos últimos 3 anos
O documento havia sido entregue pela delegação da Rússia durante a segunda rodada de negociações diretas entre os dois países na segunda-feira em Istambul, na Turquia.
"Em estrita conformidade com os acordos de Istambul, em 6 de junho, a Rússia iniciou uma operação humanitária para entregar à Ucrânia mais de 6.000 corpos de militares ucranianos mortos, bem como para trocar prisioneiros de guerra feridos e gravemente doentes e prisioneiros de guerra com menos de 25 anos", disse o assessor do Kremlin o Telegram.
Vladimir Medinsky disse ainda que 1.212 corpos de soldados ucranianos mortos estavam em contêineres refrigerados no ponto de troca. A Rússia também teria entregado a primeira lista de 640 prisioneiros de guerra, listados como "feridos, gravemente doentes e jovens", para iniciar a troca.
De acordo com Medinsky, "o grupo de contato do Ministério da Defesa da Rússia está na fronteira com a Ucrânia", mas os negociadores ucranianos não estavam no local de troca.
"Estamos no local. Estamos totalmente preparados para trabalhar. Canais de TV internacionais, agências de notícias e correspondentes são bem-vindos para vir e ver com seus próprios olhos que isso é realmente verdade", disse ele.
O comunicado do Ministério de Defesa ucraniano diz que o país também apresentou sua própria lista para a troca, "elaboradas de acordo com categorias claramente definidas e acordadas durante as negociações em Istambul: gravemente feridos, gravemente doentes, pela fórmula “todos por todos”, bem como jovens militares."
"O lado russo apresentou listas diferentes, que não correspondem à abordagem acordada. A Ucrânia forneceu os devidos comentários e, neste momento, o próximo passo é aguardado da parte russa", diz a Defesa ucraniana.
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OEA desaconselha países a replicar eleição do México que escolheu juízes por voto popular

OEA desaconselha países a replicar eleição do México que escolheu juízes por voto popular
Missão de observadores do órgão descreve o pleito inédito que elegeu todos os juízes mexicanos, incluindo os da Suprema Corte, como um processo 'altamente complexo e polarizador' com várias 'lacunas'. Presidente Claudia Sheinbaum defende o modelo. Papéis usados na votação deste domingo (1º), no México
Ivan Arias/Reuters
Uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que monitorou as inéditas eleições por voto popular de todos os juízes no México, realizadas há uma semana, desaconselhou a reprodução desse modelo nas Américas do Sul, Central e do Norte, segundo um relatório preliminar divulgado na sexta-feira (6).
Os delegados eleitorais da OEA concluíram que a eleição foi um processo "altamente complexo e polarizador" com múltiplas "lacunas".
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O grupo observador da OEA, composto por 16 delegados de mais de dez países-membros da OEA, expressou "preocupação" em particular com o baixo comparecimento dos eleitores: cerca de 13%, o equivalente a cerca de 13 milhões de pessoas.
"A missão não recomenda que esse modelo de seleção de juízes seja replicado em outros países da região", afirmou a delegação, liderada pelo ex-ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz.
O processo eleitoral no México elegeu milhares de magistrados, desde juízes de primeira instância até ministros da Suprema Corte, cujo presidente será o advogado indígena Hugo Aguilar, que obteve mais de seis milhões de votos.
Presidente defende eleições de juízes
Claudia Sheinbaum
Reprodução / X
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que as eleições foram um "sucesso" e minimizou o baixo comparecimento às urnas, ressaltando que 13 milhões de votos são muito mais do que os senadores que anteriormente escolhiam os membros da Suprema Corte a partir de listas de nomes enviadas pelo governo.
A reforma do Judiciário foi promovida pelo ex-presidente López Obrador, que presidiu o país de 2018 a 2024 e teve diversos confrontos com a Suprema Corte em seu mandato, e foi implementada por sua sucessora, Sheinbaum.
O partido Morena, de López Obrador e Sheinbaum, afirmou que a reforma judicial seria necessária para combater a impunidade, mas críticos alegaram que o objetivo seria capturar o Judiciário. A coalizão governista já controla o Congresso e a maioria dos governos estaduais do país.
A missão da OEA argumentou que os candidatos não foram submetidos a avaliações exaustivas de conhecimento, portanto, "não há garantia" de que os eleitos tenham o saber técnico, a idoneidade e as capacidades específicas exigidas para seus cargos.
Baixo comparecimento e votos nulos
O relatório também expressou preocupação com o número de votos inválidos e brancos, que representaram 10,8%, e pontuou que isso se deveu ao curto período em que as campanhas foram realizadas.
Embora os candidatos tenham feito campanha ao longo do intervalo definido pelo Instituto Nacional Eleitoral (INE), a missão da OEA, composta por 16 observadores, destacou que, nos dias anteriores à votação, as reclamações se multiplicaram devido à distribuição de "colas" com listas de candidatos sugeridos.
Em seu relatório, a missão eleitoral expressou desaprovação a essa forma de campanha como "coerção ao voto" e disse que permanecerá vigilante nas investigações a serem realizadas pelas autoridades competentes.
Os observadores também advertiram que o modelo de escolha de magistrados por voto popular incentiva a tomada de decisões judiciais com fins eleitorais e não com base em critérios técnicos, ao permitir a reeleição e estabelecer mandatos de nove anos para juízes distritais e de circuito.