Terremoto de magnitude 6,4 causa danos no norte do Chile

EUA e China vão se encontrar na próxima semana para tratar sobre acordo comercial, diz Trump
Tremor afetou serviço elétrico e ocasionou pequenos deslizamentos de terra, de acordo com relatórios oficiais. Terremoto atinge região do Atacama, no Chile
Reuters
Um terremoto de magnitude 6,4 foi registrado nesta sexta-feira (6) na região do Atacama, no norte do Chile.
O tremor afetou serviço elétrico e ocasionou pequenos deslizamentos de terra, de acordo com relatórios oficiais.
O sismo foi registrado às 13h15 locais (14h15 de Brasília), 54 quilômetros ao sul da cidade de Diego de Almagro, segundo o Centro Sismológico Nacional.
Em uma mensagem em sua conta do X, o presidente Gabriel Boric disse que as autoridades locais informaram que "não há vítimas reportadas até o momento".
Também declarou que convocou o Comitê de Gestão de Riscos de Desastres (Cogrid) "para consolidar informações e avaliar danos".
Segundo a imprensa local, houve pequenos deslizamentos de terra em vários pontos da cidade de Copiapó, 800 quilômetros ao norte de Santiago.
Pré-candidata à presidência dava entrevista
A pré-candidata à presidência Carolina Toha conversava com dois jornalistas em um podcast local sobre suas propostas de campanha quando o estúdio começou a tremer.
Os entrevistadores e Toha interromperam a transmissão, levantaram-se imediatamente de suas cadeiras e deixaram o estúdio. Veja vídeo:
Terremoto de 6,4 de magnitude atinge região do Atacama, no Chile
23 mil pessoas sem luz
"Como resultado deste terremoto, 23.000 clientes tiveram o fornecimento [de eletricidade] interrompido na região do Atacama", e foram registrados pequenos deslizamentos de terra, disse Miguel Ortiz, vice-diretor de gestão de emergências do Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres.
A empresa estatal Codelco, a maior produtora mundial de cobre, afirmou que nenhuma de suas operações na área "registrou qualquer dano a pessoas ou instalações".
O Chile é um dos países com maior atividade sísmica do mundo. Três placas tectônicas convergem em seu território: Nazca, Sul-americana e Antártica.
Em 1960, a cidade de Valdivia (sul) foi devastada por um terremoto de magnitude 9,5, considerado o mais forte já registrado, deixando 9.500 mortos.
Em 2010, um sismo de magnitude 8,8, seguido de um tsunami, deixou mais de 520 mortos.

Segurança nacional em risco: dependência dos EUA da SpaceX é trunfo de Musk contra Trump

EUA e China vão se encontrar na próxima semana para tratar sobre acordo comercial, diz Trump
Na tarde da quinta-feira (5), os desentendimentos entre Donald Trump e Elon Musk escalonaram — e o mundo assistiu a uma troca pública de ameaças sem precedentes. Se de um lado Elon Musk fez uma série de críticas ao megaprojeto de lei orçamentária que Donald Trump quer fazer passar no Congresso, de outro, o presidente dos Estados Unidos ameaçou romper contratos com empresas de Elon Musk. O bilionário, por sua vez, disse que cancelaria o uso público de foguetes da SpaceX.
Na tarde da quinta-feira (5), os desentendimentos entre os dois escalonaram — e o mundo assistiu a uma troca pública insultos e ameaças. Tudo isso aconteceu uma semana depois de Musk sair do governo Trump.
Quem disse o quê?
Trump: "A maneira mais fácil de economizar bilhões e bilhões de dólares em nosso orçamento é encerrar os contratos governamentais com Elon Musk."
Musk: "Em vista da declaração do presidente, a SpaceX começará a cancelar o uso público dos foguetes. As tarifas de Trump causarão uma recessão no segundo semestre deste ano."
Segurança nacional em risco
Em entrevista ao podcast O Assunto da sexta-feira (6), Oliver Stuenkel , professor de Relações Internacionais da FGV, explicou que a discussão pública mostra a fragilidade dessa relação, mas também riscos para os próprios Estados Unidos.
Ouça no player acima a partir de 14:29.
"Cada vez mais o confronto geopolítico entre os Estados Unidos e a China também acontece no âmbito espacial, no âmbito do controle sobre satélites. Então isso é uma questão muito sensível para a segurança nacional."
"E também fortalecerá a a voz daqueles que vem alertando que o governo dos Estados Unidos não pode depender de empresas privadas para garantir sua segurança nacional."
SpaceX e o governo dos EUA
A SpaceX consolidou parcerias com o governo dos EUA recebendo contratos bilionários para lançar satélites, desenvolver sistemas de defesa e levar astronautas ao espaço.
Até então, Trump usava esses avanços como símbolo de inovação americana e independência tecnológica, promovendo o setor espacial como parte de sua política de "America First". A SpaceX, por sua vez, se beneficiou do apoio governamental para expandir sua liderança no setor aeroespacial comercial e militar.
O que você precisa saber:
TROCA DE FARPAS: Trump diz que Musk 'ficou louco' e ameaça romper contratos com empresas; bilionário associa presidente a escândalo sexual
ENTENDA: Da 'guerra fria' ao barraco: como a relação de Trump e Elon Musk derreteu em poucos dias
CÁPSULA DRAGON: Musk diz agora que vai desativar nave espacial usada pelos EUA
MENOS BILIONÁRIO: Fortuna de Musk despenca R$ 148 bilhões após briga
Trump e Musk: da lua de mel ao divórcio
O presidente dos EUA, Donald Trump, e Elon Musk participam de uma coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, D.C., EUA, em 30 de maio de 2025.
Reuters/Nathan Howard
O Assunto é o podcast diário produzido pelo g1, disponível em todas as plataformas de áudio e no YouTube. Desde a estreia, em agosto de 2019, o podcast O Assunto soma mais de 161 milhões de downloads em todas as plataformas de áudio. No YouTube, o podcast diário do g1 soma mais de 12,4 milhões de visualizações.

Estudante brasileiro detido por agentes de imigração nos EUA é liberado sob fiança

EUA e China vão se encontrar na próxima semana para tratar sobre acordo comercial, diz Trump
Marcelo Gomes estava indo para um treino de vôlei com outros três colegas quando foi abordado pelos agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, em inglês). Segundo diretor do órgão, autoridades estava à procura do pai dele quando efetuaram a prisão. Marcelo Gomes da Silva, jovem de 18 anos detido pelo ICE
Reprodução/ Redes sociais
O estudante brasileiro Marcelo Gomes, de 18 anos, foi solto para responder em liberdade a um pedido de deportação após ser detido por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, em inglês).
Ele foi liberado após comparecer a uma audiência de custódia na quinta-feira (5).
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Gomes estava detido desde o último dia 31, quando seguia para um treino de vôlei com outros três estudantes e foi abordado em Milford, no estado de Massachusetts. De acordo com Todd Lyons, diretor interino do ICE, o jovem só foi parado porque estava dirigindo o carro do pai, João Paulo Gomes Pereira, que era o alvo original dos agentes.
De acordo com a CBS News, sua família pagou uma fiança de US$ 2.000 (R$ 11.130, na cotação atual).
"Eu não sabia sobre o status da minha cidadania porque eu cheguei aqui quando tinha 6 anos de idade", disse Gomes, à imprensa local. "Eu cresci em Milford, esse é o meu lar."
O jovem disse que, na prisão onde ele foi colocado por seis dias, os detentos permanecem em um local sem acesso à luz solar, e que ele teve de dividir o banheiro com outras 35 pessoas.
Gomes afirmou também que, por falar inglâs, espanhol e português, ele atuava informalmente como tradutor para outros detentos, para que seus colegas soubessem o que diziam os papéis que agentes da ICE queriam que assinassem.
A prisão gerou um grande protesto no domingo em Milford, subúrbio de Boston onde ele vive. O Estúdio i exibiu imagens da mobilização (veja abaixo).
Detenção de brasileiro gera protestos nos EUA
As informações sobre a detenção do estudante brasileiro foram divulgadas pela rede de televisão americana CBS News nesta segunda-feira (2).
Todd Lyons defendeu a prisão, alegando que o estudante "está neste país ilegalmente e não vamos dar as costas a ninguém".
Segundo a agência Reuters, os agentes reiteraram que o jovem não inicialmente era o alvo da operação e que os esforços estavam voltados para a captura de seu pai, que continua foragido.
“Obviamente, ele não é o pai do ano, já que também trouxe o filho ilegalmente para o país”, afirmou Lyons.
Gomes permaneceu detido em um centro de detenção do ICE na cidade de Burlington.
Protesto nos EUA por prisão de estudante brasileiro
Reprodução/TV Globo

Homem que foi deportado por engano e enviado a megaprisão em El Salvador volta aos EUA para ser julgado

EUA e China vão se encontrar na próxima semana para tratar sobre acordo comercial, diz Trump
Kilmar Abrego Garcia era imigrante e vivia legalmente nos EUA com autorização de trabalho. Ele foi detido em março e mandado para prisão fora do país; governo Trump admitiu erro. Kilmar Abrego Garcia, deportado por engano para prisão em El Salvador
Murray Osorio PLLC vía AP
Kilmar Abrego Garcia, um imigrante legal deportado por engano pelos EUA e colocado em uma megaprisão em El Salvador retornou ao país nesta sexta (6), onde enfrentará um julgamento.
Ele vivia legalmente nos Estados Unidos e tinha uma autorização de trabalho. No dia 12 de março, ele foi detido por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) sob a acusação de fazer parte da gangue MS-13, o que ele nega.
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O caso ganhou repercussão no país e foi usado como argumento contra a postura agressiva de deportação de Trump. Em abril, a Justiça ordenou que o governo providenciasse seu retorno, mas a Casa Branca argumentou que não tinha como fazer isso, pois ele estava sob custódia das autoridades de El Salvador.
A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, agradeceu nesta sexta as autoridades salvadorenhas por chegarem a um acordo pela repatriação de Abrego Garcia e afirmou que ele será julgado por envolvimento em um esquema de facilitação de entrada de imigrantes ilegais nos EUA.
Em uma nota enviada à rede ABC News, o advogado de Abrego Garcia afirmou que continuará lutando para garantir que seu cliente receba um julgamento justo.
"Desde o início, este caso deixou uma coisa dolorosamente clara: o governo tinha o poder de trazê-lo de volta a qualquer momento. Em vez disso, eles escolheram brincar com o tribunal e com a vida de um homem", disse o advogado Simon Sandoval-Moshenberg. "Não estamos lutando apenas por Kilmar — estamos lutando para garantir que os direitos ao devido processo legal sejam protegidos para todos. Porque amanhã, isso pode acontecer com qualquer um de nós — se deixarmos o poder passar despercebido, se ignorarmos nossa Constituição."
Governo Trump ignora ordem de juiz e deporta venezuelanos para El Salvador
Secretaria de Prensa de la Presidencia/Handout via REUTERS
Repatriação recusada
Durante uma audiência em Maryland em abril, a juíza que acompanha o caso perguntou ao advogado do governo por que os Estados Unidos não poderiam buscar Garcia. O representante da administração Trump afirmou que não tinha uma resposta "satisfatória" sobre o assunto.
Um oficial do ICE declarou em um documento judicial que Garcia foi colocado erroneamente em um avião com destino a El Salvador.
Os documentos apontam ainda que o homem tinha uma proteção judicial contra a deportação. Ele é casado e tem um filho de 5 anos nos Estados Unidos.
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Deportações
Trump entra em embate com juiz federal que tentou barrar deportação de imigrantes ilegais pra El Salvador
A deportação de Garcia ocorre em meio à política de repressão à imigração do governo Trump.
No último dia 15 de março, Trump usou a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 para deportar rapidamente supostos membros da gangue venezuelana Tren de Aragua. Naquele dia, dois voos levaram deportados enquadrados na lei. Um terceiro voo transportou pessoas removidas por outros motivos.
A medida gerou questionamentos jurídicos. Um juiz de Washington analisa se o governo violou uma ordem judicial que bloqueava temporariamente as deportações de venezuelanos acusados de integrar gangues.
O governo também enviou tropas para a fronteira e deslocou agentes federais para reforçar as ações de imigração, aumentando prisões e deportações.
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EUA e China vão se encontrar na próxima semana para tratar sobre acordo comercial, diz Trump

EUA e China vão se encontrar na próxima semana para tratar sobre acordo comercial, diz Trump
Encontro acontecerá na segunda-feira, 9 de junho, e deve reunir representantes dos dois países em Londres, na Inglaterra. Donald Trump e Xi Jinping durante encontro na China
Reuters/Damir Sagolj/File Photo
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (6) que o encontro entre os Estados Unidos e a China para tratar sobre um novo acordo comercial deve acontecer na próxima semana, em Londres.
Segundo Trump, participarão do encontro o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário de comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial dos Estados Unidos, embaixador Jamieson Greer.
"A reunião deverá ocorrer com grande sucesso. Agradecemos a atenção dispensada!", afirmou o republicano em publicação no Truth Social.
EUA e China marcam encontro para tratar sobre acordo comercial.
Reprodução/Truth Social
A afirmação vem apenas um dia depois de Trump ter conversado com o presidente da China, Xi Jinping, sobre o tarifaço.
Na véspera, o republicano afirmou que os dois líderes conseguiram resolver as “complexidades” do acordo comercial sobre tarifas de importação recentemente firmado entre os dois países em Genebra, na Suíça, reiterando que a conversa "resultou em uma conclusão muito positiva para ambos os países".
Ainda na quinta-feira (5), Trump chegou a afirmar que as conversas entre os dois países continuam em andamento e estão em "boa forma".
Já Xi declarou que a China cumpriu o acordo firmado em Genebra de maneira “séria e sincera”, destacando que “diálogo e cooperação são a única escolha correta para China e Estados Unidos”. A declaração foi divulgada pela emissora estatal chinesa, CCTV.
Xi também teria afirmado que ambos os países devem se empenhar para alcançar um resultado mutuamente benéfico, ressaltando que “os dois lados devem respeitar as preocupações um do outro e manter uma postura de igualdade”.
'Entre tapas e beijos'
O presidente norte-americano tem mantido um cabo de guerra com Pequim desde o anúncio, em abril, de um pacote de tarifas que afetou diversos países, principalmente a China.
Em uma tentativa de encontrar um meio-termo nas negociações, os dois países chegaram a firmar um acordo temporário em 12 de maio, concordando em reduzir as tarifas por 90 dias. O tratado foi firmado após um encontro entre as delegações dos dois países, em Genebra, na Suíça.
Desde a assinatura do acordo, no entanto, os dois países enfrentam dificuldades para chegar a um consenso nas negociações.
Na última sexta-feira (30), por exemplo, Trump acusou a China de violar o acordo sobre tarifas. Em resposta, o Ministério do Comércio da China classificou as acusações como “infundadas” e prometeu adotar medidas firmes para proteger seus interesses.
Já na segunda-feira desta semana (2), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump iria falar com Xi para resolver os impasses entre as negociações.
Na quarta-feira, Trump chegou a publicar em seu perfil no Truth Social que gostava de Xi, mas indicou que era "muito duro" negociar com o presidente chinês.
"Gosto do presidente Xi da China. Sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo", afirmou Trump à época.
*Esta reportagem está em atualização