OEA desaconselha países a replicar eleição judicial do México que escolheu juízes por voto popular

Rússia bombardeia Kharkiv, diz Ucrânia; ao menos 3 morrem e 22 ficam feridos
Missão de observadores afirma que pleito inédito que elegeu todos os juízes do país, até magistrados da Suprema Corte, foi processo 'altamente complexo e polarizador' com várias 'lacunas'. Presidente mexicana defende o modelo. Papéis usados na votação deste domingo (1º), no México
Ivan Arias/Reuters
Uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que monitorou as inéditas eleições por voto popular de todos os juízes no México, realizadas há uma semana, desaconselhou a reprodução desse modelo nas Américas, segundo um relatório preliminar divulgado nesta sexta-feira (06/06).
Os delegados eleitorais da OEA concluíram que a eleição foi um processo "altamente complexo e polarizador" com múltiplas "lacunas".
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A missão de observação, composta por 16 delegados de uma dúzia de países-membros da OEA, expressou "preocupação" em particular com o baixo comparecimento dos eleitores: cerca de 13%, o equivalente a cerca de 13 milhões de pessoas.
"A missão não recomenda que esse modelo de seleção de juízes seja replicado em outros países da região", afirmou a delegação, liderada pelo ex-ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz.
O processo eleitoral no México elegeu milhares de magistrados, desde juízes de primeira instância até ministros da Suprema Corte, cujo presidente será o advogado indígena Hugo Aguilar, que obteve mais de seis milhões de votos.
Presidente defende eleições de juízes
A presidente Claudia Sheinbaum afirmou que as eleições foram um "sucesso" e minimizou o baixo comparecimento às urnas, ressaltando que 13 milhões de votos são muito mais do que os senadores que anteriormente escolhiam os membros da Suprema Corte a partir de listas de nomes enviadas pelo governo.
A reforma do Judiciário foi promovida pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador, que presidiu o país de 2018 a 2024 e teve diversos confrontos com a Suprema Corte em seu mandato, e foi executada pela sua correligionária e sucessora Sheinbaum.
O partido Morena, de López Obrador e Sheinbaum, afirmou que a reforma judicial seria necessária para combater a impunidade, mas críticos alegaram que o objetivo seria capturar o Judiciário. A coalizão governista já controla o Congresso e a maioria dos governos estaduais do país.
A missão da OEA argumentou que os candidatos não foram submetidos a avaliações exaustivas de conhecimento, portanto, "não há garantia" de que os eleitos tenham o saber técnico, a idoneidade e as capacidades específicas exigidas para seus cargos.
Baixo comparecimento e votos nulos
O relatório também expressou preocupação com o número de votos inválidos e brancos, que representaram 10,8%, e pontuou que isso se deveu ao curto período de tempo em que as campanhas foram realizadas.
Embora os candidatos tenham feito campanha ao longo do intervalo definido pelo Instituto Nacional Eleitoral (INE), a missão da OEA, composta por 16 observadores, destacou que, nos dias anteriores à votação, as reclamações se multiplicaram devido à distribuição de "colas" com listas de candidatos sugeridos.
Em seu relatório, a missão eleitoral expressou desaprovação a essa forma de campanha como "coerção ao voto" e disse que permanecerá vigilante nas investigações a serem realizadas pelas autoridades competentes.
Os observadores também advertiram que o modelo de escolha de magistrados por voto popular incentiva a tomada de decisões judiciais com fins eleitorais e não com base em critérios técnicos, ao permitir a reeleição e estabelecer mandatos de nove anos para juízes distritais e de circuito.
bl (DW, afp, efe)

Musk recua e deleta tweet que relaciona Trump com caso Epstein

Rússia bombardeia Kharkiv, diz Ucrânia; ao menos 3 morrem e 22 ficam feridos
Presidente dos EUA e bilionário dono do X protagonizaram 'guerra' nas redes sociais, com ameaças e acusações. Jeffrey Epstein em fotografia tirada pela Divisão criminal de justiça de Nova York; o presidente dos EUA, Donald Trump, conversa com Elon Musk na Casa Branca, em 14 de março de 2025.
New York State Division of Criminal Justice Services/Handout/File Photo via Reuters; Nathan Howard/Reuters
Dois dias após travar "guerra" pelas redes sociais com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o bilionário Elon Musk, recuou e deletou neste sábado (7) um tuíte em que relacionava o republicano ao caso Epstein, escândalo sexual que chocou os americanos.
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Jeffrey Epstein: quem foi, quais crimes cometeu e por que o caso foi envolvido na briga entre Trump e Musk
Musk acusa Trump de envolvimento em escândalo sexual
Reprodução/X
Até então fortes aliados, Trump e Musk travaram uma briga na quinta-feira (6) através de suas respectivas redes sociais com troca de ofensas e acusações (leia mais abaixo). O embate teve início após o bilionário criticar um projeto de lei orçamentária que o presidente norte-americano tenta aprovar no Congresso dos EUA.
Após a briga, a postura assumida por Trump é de não querer conversar com Musk, apesar de esforços das equipes de ambos para que eles façam as pazes.
Trump e Musk, ex-aliados, agora trocam farpas nas redes sociais
Como foi a briga
Subsídios do governo, o programa espacial dos EUA e até um escândalo sexual entraram na briga entre o presidente americano, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk, seu ex-aliado.
A desavença se tornou pública repentinamente na quinta-feira (5), após uma série de troca de insultos entre as duas partes pelas redes sociais. Embora abalada nos últimos meses, a relação de Trump e Musk permaneceu cordial até o fim de maio.
Enquanto o presidente ameaçou prejudicar os negócios do bilionário sul-africano, Musk acusou Trump de fazer parte do esquema de abuso sexual de jovens de Jeffrey Epstein.
▶️ Entenda a sequência da briga a seguir:
Durante um encontro com o chanceler alemão Friedrich Merz, na Casa Branca, Trump afirmou estar decepcionado com Elon Musk por causa das críticas que o bilionário fez ao projeto de lei orçamentária que tramita no Congresso.
Trump disse que Musk já sabia que o projeto seria enviado ao Congresso e que não sabe se eles terão "uma ótima relação como antes".
Pouco depois, Musk respondeu pela rede social X. Ele negou ter sido informado sobre o projeto e afirmou que Trump estava sendo ingrato: “Sem mim, Trump teria perdido a eleição”.
Em seguida, Trump reagiu no Truth Social com uma ameaça: “A maneira mais fácil de economizar bilhões e bilhões de dólares em nosso Orçamento é encerrar os subsídios e contratos governamentais de Elon Musk”.
Trump também afirmou que “mandou Musk embora” do governo porque ele o estava “irritando”. Disse ainda que retirou o “Mandato dos Carros Elétricos” e que o bilionário “ficou louco”.
O “mandato” citado por Trump é uma referência às políticas de eletrificação do setor automotivo e descarbonização adotadas durante o governo Biden.
Musk voltou a responder no X, dessa vez acusando Trump de estar ligado ao escândalo sexual envolvendo Jeffrey Epstein: “Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos”.
Depois, Trump disse não se importar com o fato de Musk "ter se virado" contra ele.
Já Musk afirmou que, diante da postura do presidente, a SpaceX deixará de comissionar a cápsula Dragon — usada pela Nasa para levar cargas ao espaço e transportar astronautas.
Musk também comentou "Sim" em um post que dizia que Trump deveria sofrer impeachment.
Entenda abaixo o contexto do que foi falado durante a briga:
💰 Lei orçamentária
Quem disse: Donald Trump
▶️ Contexto: O estopim para a briga de Trump e Musk se tornar pública foi um grande projeto de lei orçamentária proposto pelo governo Trump e apelidado de "One Big Beautiful Bill" (Um Grande e Belo Projeto de Lei, em tradução livre). O projeto tem mais de mil páginas e visa implementar cortes permanentes de impostos, especialmente sobre renda individual e heranças, além de incluir reformas significativas em programas de bem-estar social, políticas de imigração, defesa e energia.
Assim que saiu oficialmente do governo, no último dia 30, Musk criticou o projeto, argumentando que ele vai aumentar o déficit do governo, ao invés de diminuir, como alegam os republicanos.
Um dos pontos do projeto, no entanto, pode atingir a Tesla, principal empresa de Elon Musk. Ele retira incentivos fiscais para carros elétricos e pode impactar as receitas da fabricante.
Em meio à discussão, Trump trouxe à tona outros contratos de empresas do bilionário com o governo federal: a SpaceX, por exemplo, fornece equipamentos e serviços ao programa espacial norte-americano. O encerramento de contratos de suas empresas com Washington e agências governamentais pode impactar de maneira significativa as empresas de Musk.
💸 Contratos e subsídios do governo
Quem disse: Donald Trump
▶️ Contexto: O presidente dos EUA afirmou que Elon Musk está chateado com o fim de um programa do governo voltado ao incentivo da produção de veículos elétricos. Trump sugeriu que Musk mudou de postura após o encerramento da iniciativa. Mais tarde, no Truth Social, ele ameaçou cortar todos os laços do governo com as empresas do bilionário.
"A maneira mais fácil de economizar dinheiro no nosso orçamento — bilhões e bilhões de dólares — é encerrar os subsídios e contratos governamentais do Elon. Sempre me surpreendeu o fato de o Biden não ter feito isso!"
A relação entre as empresas de Musk e o governo americano já foi alvo de críticas, principalmente de democratas. Quando o bilionário assumiu um cargo especial na Casa Branca, opositores apontaram possível conflito de interesses.
Presidente dos EUA, Donald Trump, em um Tesla junto com o bilionário Elon Musk
AP Photos
🗳️ Eleições
Quem disse: Elon Musk
▶️ Contexto: Musk afirmou no X que Trump teria perdido as eleições presidenciais de 2024 sem o apoio dele.
O bilionário foi o principal financiador da campanha republicana no ano passado. Segundo a imprensa americana, Musk investiu mais de US$ 200 milhões para impulsionar candidatos do partido, especialmente Trump.
Durante a campanha, Musk participou de vários comícios de Trump, além de ter usado o X para espalhar desinformação e atacar os democratas.
"Sem mim, Trump teria perdido a eleição, os democratas controlariam a Câmara e os republicanos estariam em desvantagem de 51 a 49 no Senado. Quanta ingratidão", publicou, nesta quinta-feira.
Elon Musk ao lado de Donald Trump durante comício presidencial em outubro de 2024
REUTERS/Carlos Barria
🚀 Cápsula Dragon
Quem disse: Elon Musk
▶️ Contexto: Musk, que é dono da SpaceX, ameaçou desativar a nave espacial Dragon.
"À luz da declaração do Presidente sobre o cancelamento dos meus contratos com o Estado, a SpaceX começará a desativar sua nave espacial, Dragon, imediatamente", escreveu Musk, no X, a rede social da qual ele também é o dono.
O equipamento é essencial para o atual estágio do projeto espacial norte-americano, sendo capaz de levar astronautas e carga até a Estação Espacial Internacional.
A SpaceX participaria da missão Artemis, que pretende fazer o homem voltar à Lua, com a nave mais poderosa do mundo, a Starship. É com ela que Musk também pretende chegar a Marte, algo nunca feito na história e que tinha Trump entre seus entusiastas.
A cápsula Dragon é vista se aproximando da ISS em 29 de setembro de 2024, sobre o estado do Oregon, nos EUA.
NASA Johnson
🔍 Lista de Epstein
Quem disse: Elon Musk
▶️ Contexto: O bilionário Jeffrey Epstein (1953-2019), que fez fortuna no mercado financeiro, foi muito próximo de figuras poderosas, como Bill Clinton, o príncipe Andrew — irmão do rei Charles III da Inglaterra — e do próprio Trump.
O empresário foi acusado de ter abusado de mais de 250 meninas menores de idade e de operar uma rede de exploração sexual. Ele foi detido em julho de 2019 e tirou a própria vida cerca de um mês depois, dentro da prisão.
Ao reassumir a Presidência, Trump prometeu tornar públicos uma série de documentos relativos ao caso, incluindo uma lista de amigos e clientes que teriam viajado a bordo de seu avião para ter encontro sexuais com jovens, incluindo menores de idade, em sua ilha particular.
De fato, o governo dos EUA publicou arquivos da investigação, mas os documentos não trouxeram novidades e frustraram a base eleitoral de Trump.
Na quinta-feira, em meio à discussão Musk disse que soltaria uma "bomba", afirmando que o nome do presidente apareceria na investigação.
“Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos”, ele disse, na rede X.
Jeffrey Epstein, preso por crimes sexuais, em fotografia tirada pela Divisão criminal de justiça de Nova York
New York State Division of Criminal Justice Services/Handout/File Photo via REUTERS
Despedida de Musk do governo
ARQUIVO: O presidente dos EUA, Donald Trump, conversa com Elon Musk com o dedo em riste na Casa Branca, em Washington DC
Nathan Howard/Reuters
Na semana passada, Musk deixou o governo após comandar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).
Ele havia sido nomeado por Trump para cortar gastos federais. O bilionário encerrou milhares de empregos e contratos, mas não atingiu as metas de economia prometidas inicialmente.
Apesar da saída discreta, Trump elogiou Musk em uma cerimônia que marcou o fim do mandato do bilionário à frente do DOGE.
"Elon trabalhou incansavelmente ajudando a liderar o programa de reforma governamental mais abrangente e consequente em gerações", disse Trump.
Nos últimos dias, no entanto, Musk passou a criticar publicamente o novo pacote orçamentário defendido por Trump, chamando-o de “caro demais”.
"Este projeto de lei de gastos do Congresso, enorme, escandaloso e eleitoreiro, é uma abominação repugnante. Os que votaram a favor deveriam sentir vergonha: sabem que erraram. Eles sabem", publicou no X na terça-feira (3).
As declarações irritaram membros do alto escalão da Casa Branca, como o vice-chefe de gabinete Stephen Miller e a chefe de gabinete Susie Wiles, que interpretaram os comentários como uma ruptura com o governo.

Rússia bombardeia 2ª maior cidade da Ucrânia e mata 3; prefeito cita ataque ‘mais poderoso’ da guerra

Rússia bombardeia Kharkiv, diz Ucrânia; ao menos 3 morrem e 22 ficam feridos
Segunda maior cidade ucraniana fica em região fronteiriça com a Rússia e é diariamente bombardeada por drones e mísseis russos. Entre os 22 feridos pelo ataque estão duas crianças foram feridas, incluindo um bebê de um mês. Ataque Russo à cidade ucraniana deixa mortos e feridos
Reuters
A Rússia bombardeou a cidade de Kharkiv, a segunda maior da Ucrânia, na madrugada deste sábado (7), segundo autoridades ucranianas. O ataque utilizou drones, mísseis e bombas, e deixou três mortos e 22 feridos.
O prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, confirmou as vítimas e disse que o ataque russo, em que 48 drones Shahed, dois mísseis e quatro bombas aéreas guiadas KAB teriam sido lançados em direção à cidade, foi o mais poderoso dos mais de três anos da guerra, iniciada em fevereiro de 2022.
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“Kharkiv está enfrentando neste momento o ataque mais poderoso desde o início da guerra em larga escala”, disse Terekhov no aplicativo Telegram durante a madrugada.
Com 1,4 milhão de habitantes, a cidade de Kharkiv está localizada a poucos quilômetros da fronteira com a Rússia, e tem sido alvo constante de bombardeios russos ao longo de mais de três anos de guerra. Outro ataque aéreo sofrido pela cidade nesta semana causou explosões com "bolas de fogo" e clarões, e deixou 18 feridos, incluindo crianças.
O governador da região de Kharkiv, Oleh Syniehubov, afirmou que os drones atingiram alvos civis em toda a cidade. Entre os feridos pelo ataque estão duas crianças, incluindo um bebê de um mês, segundo Syniehubov.
Dezenas de explosões foram ouvidas durante a noite pela cidade. Entre os locais afetados estão um prédio residencial de nove andares, uma empresa, uma casa e outras instalações. Equipes de emergência buscam vítimas presas sob os escombros.
O Exército da Ucrânia afirmou neste sábado que a Rússia disparou 215 drones e mísseis contra o território do país, entre eles 206 drones Shahed e 9 mísseis balísticos e guiados. Desses, 174 foram abatidos pela defesa antiaérea ucraniana.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que fez ataques de alta precisão com armas de longo alcance e alta precisão contra alvos militares ucranianos, mas não mencionou especificamente a cidade de Kharkiv. Segundo a pasta, o ataque atingiu seus objetivos e também visou oficinas de montagem de drones.
Ataque russo à cidade ucraniana é o segundo em menos de dois dias
Reuters
Rússia ataca Ucrânia com mais de 400 drones

Lula defende viagens ao exterior e diz desconhecer custos: ‘Estamos fazendo o que todo presidente precisa fazer’

Rússia bombardeia Kharkiv, diz Ucrânia; ao menos 3 morrem e 22 ficam feridos
Presidente afirmou que compromissos internacionais rendem investimentos ao Brasil. Petista cumpre agenda na França e já visitou mais de 30 países desde 2023. Presidente Lula fala a jornalistas em coletiva na França
Ricardo Stuckert/Presidência da República
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu neste sábado (7) a sua agenda de viagens ao exterior. Lula afirmou que os giros internacionais trazem investimentos ao Brasil e que o país "precisa deixar de ser pequeno".
Em viagem à França desde a última quarta-feira (4), o presidente deu as declarações durante uma coletiva de imprensa, antes de embarcar para Nice, onde participará da Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos.
A fala abriu o encontro com jornalistas e foi feita por Lula sem qualquer provocação. Na declaração inicial, ao defender as viagens internacionais, o petista disse, ainda, desconhecer os custos das agendas.
"Nessa viagem aqui, de vez em quando, as pessoas perguntam o quanto que a gente tá gastando para fazer essa viagem. Eu não sei quanto tô gastando porque não cuido disso. Mas sei o quanto estou levando de volta para o Brasil", afirmou.
Desde que tomou posse, em 2023, Lula tem investido em uma série de agendas no exterior. Ao longo dos últimos anos, mais de 30 países foram visitados pelo presidente da República.
Para o petista, os compromissos são justificados com a atração de investimentos ao Brasil. "O papel do presidente é abrir as portas e dizer para os caras: 'Tá aqui as possibilidades'", disse Lula.
"O Brasil precisa deixar de ser pequeno. Precisa se colocar como país grande. Nossos embaixadores no mundo têm que pensar grande. A gente não é menor do que ninguém, a gente não é inferior a ninguém."
Investimentos franceses
À imprensa, o presidente Lula anunciou que recebeu o compromisso de investimentos no Brasil por parte de empresários franceses. Segundo o Palácio do Planalto, a perspectiva é de que sejam injetados R$ 100 bilhões nos próximos cinco anos.
"Estamos levando de volta para o Brasil o compromisso dos 15 maiores investidores franceses, que já têm empresa no Brasil, de nos próximos cinco anos termos um investimento de 100 bilhões. Essa é a novidade", declarou o presidente.
Além dos investimentos franceses, Lula também destacou que, ao longo de suas viagens internacionais, também recebeu compromissos de investimentos de outros países. Ele mencionou destinos recentes, como o Japão e a China.
"Se a gente somar os investimentos que conseguimos na China, se a gente somar os investimentos que conseguimos no Japão, nós vamos perceber que nós estamos fazendo aquilo que todo presidente da República precisaria fazer no Brasil. O Brasil é um país grande, o Brasil é a oitava economia do mundo."

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Reuters
A Rússia bombardeou a cidade de Kharkiv, a segunda maior da Ucrânia, na madrugada deste sábado (7), segundo autoridades ucranianas. O ataque utilizou drones, mísseis e bombas, e deixou três mortos e 22 feridos.
O prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, confirmou as vítimas e disse que o ataque russo, em que 48 drones Shahed, dois mísseis e quatro bombas aéreas guiadas KAB teriam sido lançados em direção à cidade, foi o mais poderoso dos mais de três anos da guerra, iniciada em fevereiro de 2022.
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“Kharkiv está enfrentando neste momento o ataque mais poderoso desde o início da guerra em larga escala”, disse Terekhov no aplicativo Telegram durante a madrugada.
Com 1,4 milhão de habitantes, a cidade de Kharkiv está localizada a poucos quilômetros da fronteira com a Rússia, e tem sido alvo constante de bombardeios russos ao longo de mais de três anos de guerra. Outro ataque aéreo sofrido pela cidade nesta semana causou explosões com "bolas de fogo" e clarões, e deixou 18 feridos, incluindo crianças.
O governador da região de Kharkiv, Oleh Syniehubov, afirmou que os drones atingiram alvos civis em toda a cidade. Entre os feridos pelo ataque estão duas crianças, incluindo um bebê de um mês, segundo Syniehubov.
Dezenas de explosões foram ouvidas durante a noite pela cidade. Entre os locais afetados estão um prédio residencial de nove andares, uma empresa, uma casa e outras instalações. Equipes de emergência buscam vítimas presas sob os escombros.
O Exército da Ucrânia afirmou neste sábado que a Rússia disparou 215 drones e mísseis contra o território do país, entre eles 206 drones Shahed e 9 mísseis balísticos e guiados. Desses, 174 foram abatidos pela defesa antiaérea ucraniana.
A Rússia não se pronunciou oficialmente sobre os ataques deste sábado até a última atualização desta reportagem.
Ataque russo à cidade ucraniana é o segundo em menos de dois dias
Reuters
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